sexta-feira, 14 de junho de 2013

Amo banda nova e principalmente nacional

Vespas Mandarinas-Não sei oque fazer comigo



Já tive que ir a missa obrigado, já tentei ser um homem casado
Já aprendi a fingir meu sorriso, já fui sincero e já tive juízo
Já troquei de lugar minha cama, já fiz comédia, eu já fiz drama
Já ouvi cada voz que me chama, eu já fui bom e já tive má fama
Fui apático, fui metódico, sem vergonha, fui caótico
Eu já li paulo coelho, eu já escutei tudo que era conselho
Eu já preguei o evangelho, cheguei a achar que eu era velho
O que me dava prazer, hoje só me dá dor
Nunca aprendi o que é o amor
Você sempre mudando já, não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo
Já tentei a sorte na gringa, já aprendi que não tenho ginga
Eu já votei em tucano, já fui ovo lacto vegetariano
Insano, já fui santo e profano
Fiz na sua frente e por baixo dos pano
Já sofri de claustrofobia, de teimosia e cleptomania
Já provei, já fumei, já tomei, já deixei, assinei, viajei, já peguei
Já sofri, já iludi, já fugi, já assumi, fui e voltei, afirmei e menti
Já tive de tudo o que queria, e já me contentei com mixaria
Você sempre mudando já, não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo
Opinei e me equivoquei, nunca assumi pra ninguém que errei
Sem diploma, nem salário, já fui sócio majoritário
Já escrevi tanto nome no braço, eu já preenchi tudo que era espaço
Fui alcoólatra, fui atleta, fui obeso e já fiz dieta
Já cuspi e mandei pro caralho, o lugar onde hoje eu trabalho
E agora eu só me distraio fazendo versão de rock uruguaio
Você sempre mudando já, não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo
Você sempre mudando já, não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo


Já fui ético, antipático, fui poético, fui fanático
Já fiz tanta coisa que nem me lembro do que eu era contra ou fui a favor
E ouvi uma voz, que diz: "não há razão"
Já chorei de tanta mágoa, já fiz tempestade em copo d'água
Já estudei teologia e não creio mais naquilo em que cria
E com toda essa falsidade, minhas mentiras já são verdades
E ouvi uma voz, que diz: "não há razão"
Já fui em cana, já tive grana, passei rasteira em muito bacana
Fui psicólogo, fui astrólogo, já fui leigo, fui enólogo
E ouvi uma voz, que diz: "não há razão"
E ouvi uma voz, que diz: "não há razão"

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